Apesar de não o ser por cá, “Yu-Gi-Oh!” é bastante popular na terra do Sol
Nascente. Quão popular? Basta referir que na sequência da manga foram lançados
vários outros produtos, como séries de anime, jogos de tabuleiro e muitos
videojogos, sendo “Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 3” um exemplo disso.
O terceiro capítulo da série "GX Tag Force" , que foi apenas lançado na Europa,
Japão e Austrália, remete-nos de novo para a Duel Academy, academia esta que tem
como objectivo profissionalizar jovens jogadores, de modo a entrarem na Pro League.
Nós, controlando uma personagem, com a ajuda de um parceiro, já que muitas das
batalhas que teremos de fazer têm de ser realizadas em equipa, temos como
finalidade primordial derrotar os maus da fita, incluindo Yubel, de modo a promover a paz.
Para isso é necessário vaguear pelas numerosas localidades em busca de
confrontos e cartas (que se encontram espalhadas no chão), de modo a
subir de nível, alcançando assim o título de melhor do mundo.
Pouco mudou em relação ao antecessor.
Um dos grandes problemas do jogo, se é assim que lhe podemos chamar, é o
facto de o jogo integrar e acompanhar os acontecimentos da série de anime
com o mesmo nome, que, neste momento, não se encontra em exibição nos
canais Portugueses. Deste modo, ou são fãs incondicionais de “Yu-Gi-Oh!”
e sabem tudo sobre o enredo da série, ou então vão passar um mau bocado
com este jogo, como foi o nosso caso. E isto não é apenas referente à história
e personagens, mas também às regras do jogo, pois teremos de aprender
todas as regras de “Yu-Gi-Oh!” aos poucos, não existindo um tutorial logo de
início onde é explicado tudo de uma vez. Como devem de estar a imaginar, o título da Konami não é propriamente fácil para os novatos neste mundo de anime.
“Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 3” não apresenta grandes novidades em relação
aos seus antecessores. O visual mantém-se igual, com personagens com
grandes cabeças - fazendo lembrar os velhos jogos Pokemon para o Game Boy
-, a jogabilidade estilo RPG também se mantém intacta, e nem mesmo as
batalhas com cartas sofreram alterações. Na verdade, as diferenças em
relação aos títulos anteriores não são muitas, mas na lista consta o “upgrade”
ao número de cartas, estando agora disponíveis algo como 3500.
A longevidade de “GX Tag Force 3” é verdadeiramente impressionante. Se
quiserem completar o jogo na sua totalidade, recolhendo todos os objectos,
terão de estar agarrados à pequena PSP durante semanas a fio. Além disso, nas batalhas, onde temos mais informações sobre as cartas, temos enormes textos para ler, que são essenciais, já que uma má jogada pode ditar a vitória ou a derrota.
Preparem-se para muitas horas de leitura...
Também presente está a já conhecida função ad-hoc, que permite que quatro
jogadores, cada um deles com uma PSP e uma cópia do jogo, façam duelos
entre si. A grande novidade deste modo reside apenas no número de opositores
possíveis, já que no anterior “Yu-Gi-Oh! GX Tag Force” apenas eram suportados
dois jogadores.
“Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 3” não é um jogo para todos os públicos, pois não acolhe
da melhor forma os novatos ao mundo de “Yu-Gi-Oh!”. E para aproveitar o jogo da
maneira mais adequada é essencial saber jogar, o que só é possível com
várias horas de esforço, leitura e muita persistência.
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